Para fazer a pessoa crescer no mundo da realidade, de perdas e ganhos, de coisas boas e ruins, daquilo que deve e não deve fazer. A partir da fase adulta, a própria pessoa estabelece seus limites e faz suas escolhas.
O corpo representa bem nossos limites emocionais, delimita meu mundo externo e o interno. A pele que nos protege tem a função de limitar onde começo e onde termino.
Prestem atenção nos sintomas de pele, eles estão comunicando alguma disfunção a respeito dos limites emocionais. É a somatização daquilo que a mente não consegue expressar. Sendo assim, a nossa pele, através da dermatite e alergia, por exemplo, demonstra emoções em falta ou excesso.
Algumas medidas simples podem ajudar como cuidar do corpo e da mente com chás, descanso, atividades prazerosas, exercício físico, caminhada, andar de bicicleta, música, leitura, etc.
Se tiver a sensação de possuir tanta coisa, conquistar os bens que quiser e mesmo assim não se sentir completa, busque o autoconhecimento, talvez esteja atuando sob o comando das emoções da sua criança interior.
Você pode estar lutando para conseguir coisas, pode estar camuflando as dores, escondendo o vazio da alma.
O limite não é para nos prender, mas para nos diferenciar. A falta de limites faz com que a pessoa diga não às coisas boas para ela. Não se permite ser amada e estar de bem com a vida.
O limite na dosagem certa nos ordena, permite-nos cumprir os deveres e responsabilidades claramente e impede que o outro invada nossas fronteiras. O excesso de limites nos trava, faz com que repetimos os comportamentos dos pais sem questionar se são bons para mim. Se fecha para se proteger, acaba se fechando para as coisas boas e ruins. Desenvolve a autoestima baixa, não reconhece sua capacidade de escolher e decidir na vida. Fico presa nas emoções infantis.
A pessoa torna-se bagunçada, desordenada e rebelde por falta de limites. É como dizer ao mundo que não responde por si, não assume seus atos.
O adolescente que apronta com o outro está pedindo para alguém impor limites.
A esposa que apronta com o marido e ele nada faz para impedir, acaba deixando-o. Ela está na verdade pedindo limites que não recebeu do seu pai. (Veja neste site o texto funções na família).
A pessoa tem descontrole financeiro por falta de limites, muito provável que também não tem controle de até onde pode ir. Pode ser que fez e teve tudo o que quis na infância e não foi educada devidamente, talvez seja filho único, o mais velho ou o mais novo. Talvez seus pais tenham se separado e falharam na sua educação compensando-o com presentes e outras coisas, para encobrir a falta de afeto, cuidado, atenção e carinho.
A criança é dependente dos pais e é egocêntrica, o mundo gira em torno dela. Com isto cresce achando que é responsável por tudo. Culpa-se pelo que acontece de ruim a seus familiares e vai se adaptando para agradar o outro. Se os pais não regulam as suas atitudes e não orienta, ela cresce sem limites, raivosa, manipuladora, regida só pelas emoções. Aprende a desenvolver estratégias, a ter o controle das pessoas e a manipular para conseguir o que quer.
A educação da criança deve ser com afeto e limites. Os pais devem mostrar com amor, o seu valor, estabelecer fronteiras, estabelecer até onde pode ir, com quem deve se relacionar e a respeitar o limite do outro. Assim como uma casa precisa de um muro, ela precisa de fronteiras bem claras.