Qual o tipo de casal você vive?

– O que atrai uma pessoa dentre tantas, para um relacionamento amoroso?

– Como se forma o padrão de funcionamento de um casal? Por que vivem brigando e estão juntos?

– Estarão buscando no companheiro(a) que preencha alguma lacuna da sua infância?

Passamos pelas fases de desenvolvimento tendo as necessidades básicas supridas, frustradas ou reprimidas. Cada um vai chegar aos próximos ciclos de vida, com comportamentos e carências relativos à fase anterior. Assim, vai escolher alguém que tenha as mesmas carências e esteja preso na mesma fase em que está, para se relacionar amorosamente. São atraídos pela mesma falta.

As necessidades básicas podem ser supridas, frustradas ou reprimidas:

Suprida quer dizer que o indivíduo recebe estímulos e satisfação das suas necessidades e não carregará marcas para a fase adulta.

Frustrada significa que recebeu muito pouco do que precisava ou em excesso, o que o fará um adulto com marcas ou comportamentos das fases anteriores.

Reprimidas são quando as necessidades básicas, além de não serem atendidas, a pessoa teve seus impulsos de busca abafados. Na fase adulta não percebe ou não tem consciência da força do impulso.

Veja alguns dos tipos de casal identificados pela autora. Cada um traz também o aprendizado necessário para o casal:

Casais que se relacionam pela competição do poder. Embora um possa se mostrar dominador e o outro dominado, ambos buscam ganhar poder na relação. A crise acontece quando o independente e dominador exageram. O dominado que inicialmente aceitava tudo desperta para a necessidade de negar a atender o parceiro. Começa uma guerra passiva de ataques mútuos.

O que fazer? Aprender a cooperar ao invés de competir. Perceber a influência das famílias de origem, aprender a se comunicarem, criar espaço para que cada um manifeste sua opinião, desejos e planos.

Casais que lutam entre si para mostrar competência. Desenvolvem uma disputa, uma rivalidade, mesmo que não revelada, para mostrar o que sabe e é capaz de fazer. Um faz o papel do outro. A mulher pode assumir o papel masculino na relação deixando o homem enfraquecido, dependente da sua validação. O contrario também pode ocorrer, diminuindo na mulher o seu prestígio.

O que fazer? Ambos devem reorganizar as características masculinas e femininas na relação, de acordo com a cultura, no que se refere à formação de pares. Cada um deve privilegiar as habilidades e obrigações do feminino e do masculino.

Casais que se relacionam para garantir sua existência. Relacionar com pessoas de fora se torna perigoso ou desagradável. Vivem um para o outro e pelo outro.

O que fazer? Desenvolver a espiritualidade e criatividade para aprenderem a se relacionar em conjunto, perder o medo e a ansiedade que envolve o casal.

Casais que se relacionam para receber. Este tipo de casal prefere ser dependentes para garantir apoio da família ou instituições.  Abrem mão de atender suas necessidades individuais. Entre eles, desenvolvem intimidade para obter calor humano. Não conseguem ficar sozinhos, buscando fontes externas de suprimento.

O que fazer?  Aprender a cuidar de si mesmos e perceber quais são as necessidades individuais e de casal. Um trabalho criativo pode ajudar a conhecer e serem gratos pelos seus potenciais.

Casais que se relacionam sendo submissos um ao outro.  Com a raiva contida, a agressão e a autoafirmação se transformam em lamentações e queixas, brigam pouco e descarrega a pressão interna na relação sexual. Aparentemente são cordiais e submissos, mas de conduta provocativa. Abrem mão da liberdade para manter a proximidade.

O que precisam aprender? Descarregar suas energias e emoções, expressando a criatividade, se abrir para a espiritualidade, conhecer seus sentimentos para perceber os sentimentos do outro. Utilizar da alegria e diversão para conseguirem efetivar as mudanças.

Casais que se relacionam sem se entregarem O casal tem bom potencial para se relacionarem, mas não se entregam, mantendo o autocontrole, isto por achar que se entregarem e ser passivo é sinal de fraqueza. Há firmeza e dureza nas colocações entre eles, muitas regras de funcionamento do casal.

O que precisam aprender? Precisam entrar em contato com os seus sentimentos e os do outro, permitir que sejam vistos por ambos para que o amor possa fluir, agir com suavidade, reciprocidade vai alterar o funcionamento do casal.

Casais que têm a perfeição como foco Esperam muito um do outro, mas são muito críticos ao que o outro faz. Acham que vão mudar aquilo que não gosta no outro e se tornam ansiosos e estressados tentando enxergar suas próprias falhas antes que o outro o faça.

O que precisam aprender? Aprender a perdoar a si mesmo e ao outro, respeitar suas falhas, ser generosos, estimular e elogiar um ao outro.

Casais que têm o cuidar e o servir como foco Têm a necessidade de ser amados, expressam seus sentimentos positivos, são atenciosos, estimuladores, fazendo com que o parceiro se sinta amado e especial. Ao mesmo tempo são controladores, possessivos e carentes. Por terem dificuldades em pedir diretamente as coisas, manipulam o outro para conseguirem o que querem.

O que precisam aprender? Cada um deve ser o que é, não atender somente ao desejo do outro, esperar que o outro peça ajuda, conselhos, não querer facilitar a vida para o outro, deixar que passe por sofrimento e encontre ele mesmo os caminhos para superar.

Casais que se relacionam para ter status e sucesso  Têm a necessidade de serrem produtivos, ter sucesso e evitar o fracasso. Os parceiros se valorizam mutuamente, mas se distanciam, pois o foco é o trabalho e o sucesso.

O que precisam aprender? Compreender, valorizar as qualidades da pessoa de cada um, não somente do profissional. Dedicar tempo e energia para eles, os amigos, sem se preocuparem com o trabalho. Que o foco seja o fato de estarem juntos.

 Casais que se relacionam para ter emoções fortes  São ciumentos, muito carentes, empáticos, solidários e passionais, mas magoam-se e sentem-se rejeitados com facilidade. Têm o desejo de expressar seus sentimentos e serem compreendidos, mas não serve um lugar comum.

O que precisam aprender? Serem diretos específicos, dizer o que querem e o que não querem. Ser claro um com o outro, buscar esclarecer o que o outro quer dizer, desenvolver novas amizades e os vínculos familiares para não sobrecarregar o parceiro com suas emoções.

Casais que se relacionam com muito limite e distância Têm a necessidade de conhecer e entender tudo, serem autossuficientes. São briguentos, retraídos, negativos, desconfiados, sempre atentos para não serem passados para trás e com isto não se envolvem.

O que precisam aprender? Conter a necessidade de ter que provar que sabe tudo. Revelar com o parceiro que ele é importante e desejado por você.  Explicar e delimitar seus limites, a privacidade pode favorecer a uma intimidade saudável do casal.

Do livro de Solange Maria Rosset – O casal nosso de cada dia

Existem vários outros tipos de casais não mencionados aqui. Se descobrir qual é o seu tipo e conseguirem atuar para recuperar o equilíbrio, está ótimo, se não, venham para identificarmos juntos e buscarmos as saídas.

Psicóloga Zilene Campos – Atendimento presencial e on-line

Agendamento pelo WhatsApp (38) 99945 0554

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