A família, principal contexto relacional é o primeiro sistema que o indivíduo pertence. Pai, mãe e filho se desenvolvem interconectados no tempo, nos acontecimentos, nas crenças, padrões e a cultura em que se inserem, influenciando na constituição do “eu”, do caráter e temperamento que formam sua personalidade.
Padrões de comportamentos são transmitidos de sistema para subsistema e para outros sistemas, de geração em geração. São contextos relevantes na construção do “eu”, os subsistemas: irmãos, avós tios, primos, os sistemas: escola, trabalho, amigos, vizinhos, dentre outros. Todos atuam de forma poderosa na formação do jeito de ser, pensar e agir de cada um.
De um lado, os pais e cuidadores apresentam a vida para a criança e de outro, a criança na sua dependência total, os ensina o que é ser pai e mãe, quais as habilidades terão que adquirir e consequentemente, ensinam a desenvolverem maturidade necessária para nutrir, cuidar, proteger, educar e dar carinho a esse novo ser que está sob sua responsabilidade.
As intercomunicações entre as pessoas influenciam-se mutuamente a partir da moral, do amor, cooperação, solidariedade, compaixão, justiça, etc., que foram recebidos no primeiro sistema em que somos submetidos, a família ou cuidadores. O que quer dizer que a força que precisamos para enfrentar os desafios da vida advêm do primeiro ambiente em que fomos inseridos, da gestação ao nascimento até a fase de maturidade e independência emocional e consequentemente a financeira.
À medida em que crescemos, é saudável remodelarmos as características adquiridas que não concordamos e acrescentar novas características em nosso padrão de funcionamento. Conseguir maturidade suficiente para deixar de lado os traços de caráter negativos adquiridos e ser capaz de utilizar os traços positivos para ter equilíbrio e prosperidade.
Quando mudamos nosso comportamento existe uma sinergia que muda o comportamento do outro, o que reafirma que todo comportamento e a consequente mudança advém das relações do contexto relacional. E ainda, se um membro da família adoece, os demais membros também estarão doentes, todos sentirão os efeitos, os sintomas daquele membro a quem estamos ligados afetivamente. Quem manifestou a doença está manifestando que alguma coisa não está bem naquele sistema familiar, existem problemas e conflitos que estão sendo denunciados para que busquem ajuda e restabeleça a desarmonia da família.
Atuo pela abordagem Sistêmica para ter uma visão do todo que envolve as relações humanas, conhecendo a família conheço o meu cliente e as relações que ele constrói. Não supervalorizo o sintoma mas, não o descarto. O sintoma é o farol que ascende, sinalizando que os pensamentos, sentimentos, emoções ou corpo estão em desequilíbrio. A doença deve ser encarada como positiva, pois, através dela buscamos a cura. É corpo e mente juntos, buscando soluções para os problemas da vida.
Por que me especializei em terapia de Casal e família? Porque é na família que encontraremos as respostas para os problemas enfrentados na vida. Herdamos dos nossos ancestrais um jeito de ser na vida.
Proponho que antes de se casarem ou ter filhos os dois devem buscar o autoconhecimento e o conhecimento do outro.